sábado, 30 de junho de 2007

FESTIVAL EM RIBEIRÃO




TEATRO ARENA


Participamos de mais um festival nacional de música, no interior de SP. Foram mais de 600 músicas inscritas... E levamos até o Teatro Arena de Ribeirão Preto nossa "Mira".

A presença do Fabrício Pippi, nosso irmão de Santa Maria, marcou uma das concentrações mais fortes que já realizamos. Valeu a força, tchê!

O 1º FAM, organizado pela Eclética Produtora e pelo Dimi Zumquê, estava impecável. Quem apresentou o festival foi o impagável Sr. Wilson Danilo, um senhor muito carismático.

E NO FINAL... O QUÊ?

Dessa vez não levamos prêmio, nem sequer fomos à final; e essa foi uma experiência muito importante para nós, especialmente logo após uma vitória em Garanhuns. Foi possível trabalhar internamente, na prática, o defeito da auto-consideração (característica invariável dos egocêntricos), que percebemos em nós mesmos. Outra hora vou escrever mais sobre isso da auto-consideração...

Fora isso, foi paulada tocar na arena. A gurizada de Ribeirão chegou junto, foi emocionante... e conhecemos muita gente legal, e até um sósia do Vinícius!

ALÉM DE TRABALHAR COMO EMPACOTADEIRA NAS CASAS BAHIA

No final, o simpático Chico César, que fez o grande show de encerramento na arena de Ribeirão, chamou os participantes do festival pro palco e fizemos coro com ele na sua “Mama África”. Foi bonita a coisa.

Até que numa dessas o Chico abriu o microfone e cada um chamou uma cantiga de sua terra, num momento improvisado, cheio de espontaneidade. Então nós lembramos o gaudério Lupicínio Rodrigues, cantando com a mesma base de percussão do “mama áfrica” o “Felicidade foi-se embora...”. O Chico César mais que ligeiro atracou em contracanto o “Luar do Sertão” chamando pro desafio. Mas o homem puxou num tom muito alto, agudíssimo!!! Com a goela esganiçada, repuxando as veias do pescoço, mandamos ver. Foi legal!

(...)A minha casa fica lá de trás do mundo/
onde vou em um segundo/
quando começo a cantar...
(...)Não há ó gente o não/
luar como esse do sertão

Força gurizada... para crescer internamente, nossas chances estão em trabalhar nos detalhes!

Ah, o quarto bigodudo da foto é o Salgado, de Minas Gerais. Ele participou no festival também, mineiro talentoso “pur dimais da conta, sô”!



sábado, 2 de junho de 2007

RAIOS FULMINANTES!


Tivemos uma experiência indescritível em Garanhuns, apresentando “Mira” em um dos maiores festivais do Brasil, para um público de mais de 20.000 pessoas.

Foi legal descobrir lá, de forma prática, que estávamos no meio de feras. Grandes músicos, intérpretes, poetas, pessoas inteligentes, pessoas boas, gente exigente e detalhista. A organização do festival surpreendeu não só a nós, mas a todos os participantes.

O povo de Garanhuns compareceu. E sentimos o calor humano, não só nas duas apresentações que fizemos, mas em todos os contatos que tivemos com as pessoas lá. Existe no povo de Garanhuns uma sofisticada sensibilidade cultural combinada de forma surpreendente com uma simplicidade de coração.

Para além da competição, estávamos ligados, concentrados no momento presente, prestando nossa atenção em tudo o que ocorria. Garanhuns com uma mega-estrutura trouxe a nós o maior palco e o maior público que tivemos oportunidade de conhecer até então. Em nosso íntimo, não estávamos enfrentando os outros músicos, mas sim nossas debilidades. Lutamos para honrar nosso trabalho, e o que ele representa. Tivemos consciência dessa oportunidade e não fomos para perdê-la, essa foi nossa batalha.

Uma de nossas estratégias foi buscar ao máximo não nos identificarmos com a competição musical. O que isso quer dizer? Que não queríamos esquecer de nossa essência, do que nos levou até ali, do que nos levou a criar “Mira”.

Ainda recebemos, com alegria, um prêmio: "Melhor Arranjo".

Temos consciência de que o prêmio não é para nossos personagens, “Rodrigo”, “Gustavo” ou “Vinícius”, até porque a força de Mira está no grupo e isso inclui todos que estão de espada na mão junto conosco. Arranjo tem a ver com combinação, organização de forças, o prêmio foi por este trabalho. Em Garanhuns, sentimos uma multiplicação dessas forças. Foi muito bom poder contar com todos, e conseguir segurar as pontas.

Avante!

"São nossas palavras,
são de coração...
e é nosso desejo compreender essa canção"

 
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