sábado, 21 de abril de 2007

DE SANTA MARIA A GARANHUNS




Santa Maria, da boca do monte. Coração do Rio Grande, ponto de partida.


Destino: Agreste Pernambucano


Garanhuns é uma cidade serrana, em Pernambuco. Dizem que lá faz um frio muito agradável - E existe até uma comunidade no orkut: “amo o frio de garanhuns”. Também é chamada de “Cidade das Flores” ou “A Suíça Nordestina”. Terra de Quilombos, a história de Garanhuns está intimamente ligada à Zumbi e Quilombo dos Palmares.

Pelo que percebemos, a cidade é “arretada” no que diz respeito à cultura. E muito organizada!

“Mira” foi selecionada para o FESTIVAL DE ARTE E MÚSICA DE GARANHUNS, um dos mais importantes festivais de música brasileira contemporânea. Graças aos céus e a muitos amigos, conseguimos todas as condições para voar e levar até Pernambuco a nossa voz, o que para nós se configura numa vitória nos ares.

O festival acontece de 25 a 28 de abril; Aqui nesse link estão as músicas selecionadas. A presença de nomes importantes da música brasileira no evento, como Jair Rodrigues e Guilerme Arantes, já está confirmada.

Longe estamos do espírito de competição, mas vamos defender nosso som com toda a garra e a força que acumulamos em nossos corações nesse caminho que estamos trilhando. Aqui deixamos nosso agradecimento a todos que de alguma forma tem somado conosco!

De Santa Maria até Garanhuns, existe uma distância física considerável. Essa trilha física, montanhosa, com seus ventos e percalços, representa para nós um aspecto tridimensional de uma grande caminhada a que nos dedicamos nessa vida. Esse pequeno grande passo significa muito para nós, e é uma alegria imensurável carregar conosco a energia de tantas pessoas que nos tem acompanhado nessa jornada!




Raios fulminantes... sejam conosco!!!!!


Links:








sexta-feira, 6 de abril de 2007

ESQUECIMENTO GLOBAL


Sempre reservado aos místicos, fanáticos religiosos, cineastas de ficção, charlatões, etc., agora o assunto “fim do mundo” ganha novo público: a totalidade da população humana. Com uma nova tônica, respeitosa e científica, o aquecimento da terra e as tragédias climáticas tornaram-se assunto cotidiano nos telejornais, botecos e praças.

Evidente que o assunto ainda encontra resistência na mente de muitos, especialmente daqueles que estão mais interessados em sua própria esfera egóica de acontecimentos. Indivíduos assim são facilmente identificáveis... seus assuntos sempre giram em torno de si mesmos: seus planos, carreiras, amores, desgostos e mazelas, etc.
A Persona Egocêntrica, em primeiro lugar, não pode ver o todo; em segundo, não lhe interessa.
Nessa época estranha, os homens são medidos por certificados. Tudo nessa vida possui um certificado, desde as vacinas até as honrarias. No entanto, quando o calor insuportável vem, quando a tragédia chega, ninguém tem uma explicação, nem entendimento, nem nada que solucione.
Saltitam as teorias, pululam as discussões, ninguém sabe como se sair bem, todos sofrem. A verdade, tantas vezes tratada como relativa, salta aos olhos, nua, absoluta.
Destruimos nosso planeta devido a inconsciência e maldade desmedida; para a orgia final, só faltam algumas bombas atômicas. (senhores da guerra, não leiam esse blog, "pelamor")

Estamos prestes a receber o certificado de que nosso planeta está se esvaindo. Quando isso acontecer, não estranharei de ver alguns doutores muito importantes garantindo isso na tv.
Nessa hora, até os mais tontos poderão dar crédito aos sinais que há muito tempo se fazem notar. Se der tempo, pode até virar assunto de alguma novela. Imaginei a abertura, com aquela locução tradicional e bossanova no fundo: "A PO CA LI PSE - pra esquentar suas noites"... Mas o fim não será rápido, acredito. (digo do mundo, não da novela.)

A humanidade adormeceu suas faculdades, percepções, sentidos. Se embruteceu assustadoramente. A inteligência humana está sendo aplicada de forma inconsciente e idiotizada, e a sensação que fica é que ninguém se importa tanto assim.
Cada vez mais individualista e imediatista, percebo a sociedade ruir em falsos códigos, falsas morais, falsa ciência, falsa religião, tudo com um quê de estranheza, caduquices que não podemos compreender, nem deveríamos aceitar.
A pureza de coração soa idiota, a simplicidade e a verdade são raras, e tudo que enalteça o ego, a vitória sobre os outros, a satisfação imediata, vende bem e está certo.

Quem não destruir o egoísmo em si mesmo, quem não revolucionar sua própria consciência e abrir-se logo para esses assuntos, nem ao menos compreenderá o que está acontecendo. Espero que essa dor que vem, que já atinge a tantos, sirva para acordar, sirva para que coloquemos algum sentido nessa existência, para que recordemos a essência de tudo, recordemos de nós mesmos, da origem, do que temos que fazer.
Mudar é preciso, e isso só é possível intimamente. Mudemos dentro, que fora “vai se embora”.

Hoje é uma sexta feira santa, na cultura dos cristãos. Na tv assisti ovos ornamentados, “novidades” futebolísticas, crises políticas e tsunamis, e pensei em escrever sobre “bem além da estrela azul”, nossa primeira música que tocou na rádio, lá na terra onde nasce o sol. Mas em vez de abrir um editor de texto, abri um editor de imagens, para pensar...

Tenhamos força e consciência para passar por essa revolução que vem.
Um grande abraço e uma boa páscoa pra todos, com meditação, renovação do ânimo e até um chocolate! Rodrigo.

“...nunca
o egoísmo,
pai de toda dor
escureceu
tanto assim a nossa casa
mas a verdade é assim...
terrivelmente incrível...”

quinta-feira, 5 de abril de 2007

PODE ENTRAR, FAFÁ


Alguns amigos chegaram - e ainda chegam - até nós antes pelo visual, depois pelo som. Talvez seja pelo cabelo comprido, alguma remanescência celta, um jeitão essênio, o aspecto “metal”, as etecéteras... Cada vez que vamos juntos ao supermercado fica tipo "o Angra chegou" ou o "vocês são evangélicos?" escrito nos olhares... mas não comecei esse post para falar de nós...
Mpbistas, Metaleiros, "galera digeral", com vocês: Fafá de Belém.

Gigante, entrou a Fafá rodopiando e agitando como se fosse seu primeiro e último show. Um pequeno palco, na FNAC pinheiros, recebeu a energia dessa cantora que veio do norte e trilhou 32 anos de carreira marcando indiscutivelmente a música brasileira. A mulher estava enlouquecida, inspirada, emocionada. Nós ficamos faceiros, afinal quem vai a um show, quer se surpreender. O Vinícius nos disse: “ei, nós vamos ver a Fafá, né?” – ali estava decidido, claro que iríamos.

Ela estava comemorando e lançando seu primeiro DVD. Achei legal, ela já cantou pro Papa e não tinha um DVD. A gravadora EMI levou duas carretas de equipamentos do Rio para Belém do Pará, cento e poucos profissionais, e foi em seu próprio chão que Fafá fez e registrou sua festa.

Ainda não assisti o DVD, e confesso que não tenho muita afinidade com canções apaixonadas, mas claro que estava esperando no pocket show a belíssima "Coração do Agreste" de Moacyr Luz & Aldir Blank.. Não foi dessa vez.
"graças a Deus, faço parte de uma geração de cantoras que se emocionam"

Fafá de Belém entrou agitando, escandalizando, riu muito, chorou muito, enfim... fiquei impressionado com a inteligência dela, espontânea, verdadeira e rápida. Ela é forte mesmo, e nos deixou grandes lições. A experiência artística de conduzir a platéia, responder à platéia, respeitar o público. Ela se conhece... isso fica claro no palco. Cantou coisas tristes, tragédias e dramas amorosos, mas nunca perdeu o brilho no olhar... e rápido se recuperava, fazendo graça, sem se identificar com tais dramas... maturidade profissional. A intensidade, impressionante! O espaço nem comportava tamanha... três excelentes músicos estavam com ela (baixo, bateria e teclados) e, verdadeiramente, ela encheu o espaço ali. Foi, seguramente, o show mais enérgico que já assistimos aqui em Sampa, em um espaço que mais parecia uma sala de reuniões. O som, excelente. Mas ela poderia ter feito um “Pocket” de si mesmo. Que nada, a entrega foi total.

Tenho que agradecer a ela por ter nos recebido em altíssimo astral na base do “...barbaridade tchê!”, e felizmente pudemos agradecer lá, in loco. Estou certo de que aquela “pequena” apresentação nos ensinou muito e também a força que ela nos deu no final, não esqueceremos. Procuramos os três ficar muito atentos, a tudo, às reações internas que tivemos, às dinâmicas, ao ambiente . Não é fácil assistir a um show desses sem idolatria, estar ali livre, apenas observando tudo, todos, e fundamentalmente, a si mesmo.
"Meu Pai costumava dizer que Política, Futebol e Religião não se discute, eu sou uma pessoa de fé, herdei isso do meu Pai e da minha Mãe, acho que se tratando de Fé não existe intermediador entre você e Deus, então a minha relação com a fé é muito profunda, acredito que sem ela nada acontece, não é preciso ir a Igreja todo dia para isso, acho que é uma relação de sinceridade, de humildade e fundamentalmente muito particular." Fafá de Belém, entrevistada pelo portal "gente importante".

Vou encerrar deixando a letra de uma música belíssima que ela cantou acompanhada somente de piano. Cheguei a imaginar ela cantando nossa"anjos imortais", num devaneio ali... A música que me marcou se chama "pode entrar", eu não conhecia. Eu segurei minha onda, os guris eu não sei. Mas a platéia inteira, inclusive o baixista, que há 24 anos acompanha a artista de Belém, foi às lágrimas, tão intensa que fora sua interpretação. Tá bem, eu também chorei, mas foi bem pouquinho. :)


Pode Entrar Walter Queiroz

A casa escancarada, a lua ali
Meu cachorro nunca morde
Meu quintal tem saputi
Tem um roseiral crescendo lindo
Quem for louco ou for poeta
Pode entrar, seja benvindo

Aqui passa o bonde da lapinha
Passa a filha da rainha
Passa um disco voador
Às vezes ele gira, pára e pisca
Como quem quase se arrisca
A parar pra conversar

Mas não me sinto só,
tenho um vizinho
Que é um bêbado velhinho
Que acredita no destino
Ele mora em cima do arvoredo
Ele tem muitos brinquedos
Ele sempre foi menino

Agora se vocês me dão licença
Eu vou ver um passarinho
Que me chama no quintal
Depois eu vou deitar para sonhar
E dançar com a cigana
Que eu perdi no carnaval


Força Fafá, parabéns... valeu!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

STENCIL


uma radiografia, um desenho, um estilete. com isso cortamos a "forma", ou "stencil", para artesanalmente imprimir a marca do nosso show "Deus, Zeus e Eus". Na era da computação gráfica, da música digital, é legal combinarmos os novos processos com os antigos... alguns ruídos, presentes nas técnicas à mão livre, ajudam a resgatar valores, e humanizam...
mãos à obra...

terça-feira, 3 de abril de 2007

PRIMEIRO TESTE COM IMAGEM


Bom, pra testar a postagem de imagens, aqui vai a foto que gerou o cabeçalho do Caixa Preta. Claro, além dos "posers", a avenida paulista em horário de pico (tipo 18h), bem próximo ao nosso QG aqui em Sampa.

O SEGUNDO DIA

Segundo dia de Blog. Obviamente, ainda está parado. Estamos estudando o layout para torná-lo coerente e coeso com o design do site do voz. Enquanto isso, no oriente, a guerra continua. Ontem ouvimos na tv a notícia de mais um tsunami. As tragédias se empilham nos telejornais, e a notícia ruim corre e vende bem... em breve vai faltar água e o calor já está muito forte... precisamos usar com sabedoria o tempo que ainda temos...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

CAIXA PRETA EM 2007

Após a tentativa de programar um blog "inteiramente no braço", decidimos testar um sistema de blog já estabelecido, com suporte. No VOZ temos esse espírito de contrução; e estávamos tentando evitar a ligação com publicidades que não dizem respeito ao nosso trabalho... Programar um blog não é tarefa muito simples, especialmente com os recursos que gostaríamos de usar. Estamos estudando pra descobrir como se faz isso, poder incluir imagens, comentários, etc. Mas essa versão do Caixa preta, alocada no "blogger", é um experimento. Vamos ver como funciona!

Um grande abraço meu e do vinícius e do gustavo.

FORÇA!!!

 
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